segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

TRABALHO APRESENTADO NO CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA E SOCIEDADE

O Instituto de Desenvolvimento Territorial - IDESTE foi criado em 2005 pelos pequenos produtores artesanais, das cadeias de alimentos processados e em natura, representantes de organizações da sociedade.

Constitui uma nova fase para os trabalhadores, a busca de novos referenciais de geração de trabalho e renda e de alternativas de desenvolvimento.

O IDESTE vem consolidando suas ações na promoção da economia solidária e no desenvolvimento sustentável para o fortalecimento e constituição de cooperativas, associações e de empreendimentos coletivos solidários como um meio de gerar trabalho e renda para trabalhadores que buscam formas alternativas de inserção social.


Missão

Promover a constituição, fortalecimento e articulação de empreendimento autogestionários, buscando a geração de trabalho e renda, através da organização econômica, social e política dos pequenos produtores, inseridos num processo de desenvolvimento sustentável e solidário.


Visão

Contribuir para a construção de uma sociedade democrática, organizada de forma solidária e participativa, voltada para satisfazer as condições de vida, considerando seus aspectos sociais, ambientais, políticos, culturais e econômicos, respeitando aspectos regionais e locais, fortalecendo ações interagindo com outras formas do fazer, usando como metodologia a Educação Popular e Participativa.

No âmbito do Movimento de Economia Solidária o IDESTE assume o papel de Entidade de apoio. Sua criação teve como base a necessidade da viabilização da comercialização dos pequenos produtores do interior paulista.

Sua criação aconteceu de forma coletiva, onde 8 empreendimentos de Economia Solidaria reunidos num final de semana de estudo e partilha, pensaram e idealizaram esta entidade que serviu de base para o apoio a comercialização, buscando recursos e formação para as entidades filiadas a ele.

Sua formação, segundo a assembléia de constituição é assim estabelecida.
Assembléia dos associados, ou seja um representante de cada entidade.
Diretoria formada por: 1 Diretor Executivo e seu suplente, 1 Diretor Financeiro e seu suplente, 1 Diretor Cultural e seu suplente. Um Conselho e um Coletivo de Formação.
Segundo o Artigo 12º de seus estatutos, a Assembléia Geral dos Associados, legalmente constituída, é órgão supremo do IDESTE. A Assembléia Geral reunir-se-á, ordinariamente, em um dos quatro meses seguintes ao término do exercício social e, extraordinariamente, sempre que os interesses sociais assim o exigirem.
E ainda, no Artigo 13º - A Assembléia Geral pode deliberar sobre qualquer matéria e tomar quaisquer decisões, incluindo, mas não se limitando a:
(a) Matérias a ela submetidas pelo Conselho Administrativo ou pelos associados;
(b) Indicar, eleger e destituir os membro do Conselho Administrativo;
(c) Destituir os membros dos demais Conselhos e respectivos suplentes;
(d) Examinar e aprovar as demonstrações financeiras, bem como os relatórios apresentados pelos Conselhos e pela Diretoria Executiva;
(e) Tomar quaisquer medidas necessárias para proteger os interesses do IDESTE, considerando os relatórios dos vários conselhos.
(f) Alterar e modificar o Estatuto Social;
(g) Aprovar a dissolução do IDESTE e deliberar sobre a liquidação de seu ativo;
(h) Deliberar sobre sanções à conduta de associados.
(i) Quando da ocorrência das decisões citadas nas alíneas (c) e (f) deste artigo, deverá ser de acordo e observado o disposto no Art. 59 em seu Parágrafo Único do Código Civil Brasileiro – Lei nº 10.406/02.
Os Objetivos da organização:
Trabalhar pela criação de mecanismos que estimulem o desenvolvimento do Comercio Justo, Ético e Solidário;
b) Trabalhar no apoio ao processo de Certificação de Garantia Social dos Produtos e das Organizações Sociais;
c) Trabalhar pelo desenvolvimento de oportunidades de acesso das comunidades excluídas nos mercados consumidores;
d) Organizar Mostras, Feiras e Eventos, que divulguem a arte, a cultura e a produção dos artesãos e dos pequenos produtores de alimentos artesanais;
e) Promover o Desenvolvimento Sustentado e Não Dependente;
f) Estimular processos produtivos que respeitem o ser humano e o meio ambiente;
g) Trabalhar para sensibilizar os consumidores para o consumo consciente e responsável;
h) Pesquisar e estudar as causas e soluções para pobreza;
i) Elaborar projetos de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental.


Considerações:

Acompanho o Ideste desde a sua criação, inclusive participei de sua criação. A intenção na época era criarmos uma entidade de apoio, principalmente num quesito que mais os pequenos produtores mais reivindicavam que era a comercialização de seus produtos. Porém pactuamos no momento de sua criação que a formação deveria vir em primeiro lugar. A partir de então o Ideste promove dois encontros por ano para todos os pequenos produtores e as formações para as entidades em seus municípios são chamadas de oficinas de Economia Solidária.
As atividades das feiras e eventos são demandas por eles, assim como a organização, realização, visto em conjunto com o coletivo da assembléia que avaliza as atividades.
Foi realizada em todos os empreendimentos oficinas para prepará-los para a vida coletiva. No início eram 8 empreendimentos, hoje a organização conta com 27 empreendimentos de diversos municípios do oeste paulista.
O lema da entidade é “Juntos somos mais” e a metodologia usada é a participava de Paulo Freire.

Conclusão

O Instituto de Desenvolvimento Territorial, avança e seus associados acreditam que estão fazendo um trabalho voltado para uma nova realidade.
A meu ver e com a nova visão que tenho hoje, principalmente depois das aulas da pós e do 5º modulo. Muito que é realizado tende a ser uma reprodução para o capital, muitas dificuldades que enfrentam tem como base o comportamento voltado para o acumulo de capital. Para as pessoas que lá estão, elas tem que ganhar dinheiro em primeiro lugar, não há uma disposição de luta e por uma transformação social de fato. As pessoas, não digo todas, mas são atraídas para a organização com o desejo de ganhar mais dinheiro e muitas vezes até se destacarem com seus produtos e até mesmo deixar seu empreendimento, se tornando um empreendedor individual.
Mas creio também que viver esta realidade numa esfera onde o sistema é macivo, acontece este tipo de problema. Acredito que o mais importante é impulsionar as pessoas para esta nova realidade, e conscientizá-las que devemos mudar, a experiência é nova, tem uma média de 11 anos e a tendência é que a nova geração venha com uma nova roupagem e um maior espírito de luta.


O Curso de Pós Graduação em Gestão Pública se realiza em Curitiba, na Universidade Federal de Curitiba.